É impressionante a rapidez como as câmaras de filmar invadiram o nosso quotidiano. Devido ao aumento da criminalidade violenta muitos espaços adquiriram câmaras com o objectivo de intimidar criminosos. Existem, de facto, espaços em que se justifica o uso de videovigilância, no entanto, esta obsessão pelas câmaras tem atingido tal repercussão que o dia-a-dia das pessoas é praticamente todo filmado, violando assim a privacidade individual de cada um.
Exemplo desta situação é a implementação de câmaras na escola, em consequência de ordens do Ministério da Educação. Sem duvida que as razões desta atitude será a preservação da segurança, bem como evitar gastos em contratar seguranças. Contudo, é lastimável como em prol destes dois motivos, viola-se e sacrifica-se um direito fundamental, direito à privacidade. Com esta manobra económica, a escola torna-se numa espécie de “Secret Story” em versão escolar, em que o dia-a-dia de cada aluno é controlado, só que ao contrário do programa, os alunos são obrigados a serem filmados tal como a presença da “Voz” não ser sentida.
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